quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Three Kings


Essa é para os rapazes que andam pensado em dar uma mudada no visual sem muita agressividade, digo, para quem não quer enfrentar um barbeiro para ter que mudar, e para os rapazes que já tem uma boa ideia de como estilizar o cabelo, mas não sabem qual o produto é mais indicado. Na postagem de hoje, vou falar um pouco sobre a Three Kings Pomade, um dos produtos que eu uso para dar uma levantada no cabelo.
Antes de relatar minhas experiências com o produto, é bom conhecer a Three Kings, porque além de pomada estilizadora, a loja virtual oferece vários produtos como camisetas, canecas, cera de bigode, sabão de barbear, loção pós barba e a própria pomada modeladora de cabelos. A temática do site é completamente centrada no público Rockabilly e Psychobilly, e suas embalagens são tão lindas que deixam os produtos 'concorrentes' no chinelo. Afinal, apresentação do produto também conta bastante, não é? Hahaha. Então tratem de dar uma conferida no site - vou deixar no final da postagem o link!
Vamos ao que mais interessa!
A Three Kings Pomade é uma pomada modeladora de efeito molhado e alta fixação, antes de usá-la, eu usava a pomada do Celso Nakamura, com efeito seco e fixação mediana. Fiz essa transição para a Three Kings por conta do tipo de fixação, já que procuro algo forte para deixar meu cabelo ajeitado por mais tempo - tenho o cabelo meio ondulado nas pontas, e muito, muito rebelde, por isso sempre tive problemas na hora de estilizar e deixar alinhado hahaha. Como o próprio nome diz, o efeito molhado dá um visual mais brilhante ao cabelo, o que deixa ele lindo, fora que a essência da pomada já vale como qualquer perfume. Nada melhor que ficar cheiroso e com o cabelo arrumado, não é mesmo?
O único 'problema' - comum a qualquer pomada - é que o cabelo pode ficar um pouco oleoso, mas até aí, é um sacrifício que temos que correr, completamente normal, isso acontece porque sua base é a oleo, e no calor é muito, mas muito fácil derreter e deixar seu cabelo todo melado, se você quer dar um trato no seu cabelo no calor, nada é mais adequado do que uma pomada a base de água.
A pomada tem um preço acessível e muito justo de R$24,99 (fora o frete de entrega, se você comprar pelo site), e vem com um pente de brinde para o seu cabelo. Se você deseja comprar pessoalmente, no próprio site você pode encontrar alguns revendedores dos produtos deles. Infelizmente, não são muitos, mas com certeza você encontrará um perto de você. Comprei a minha pomada na quinta-feira e chegou na segunda. Um tempo muito bom, desconsiderando o fim de semana, e considerando que 60g de pomada não se usam de um dia para a noite! Então rapazes, o que acharam? É só esfregar na mão e passar no cabelo!

Minhas 'Kings' e o pente que veio de brinde!

Para quem quiser ir atrás ou for curioso:
http://www.threekings.com.br/

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Rei das Lambrettas

Você sabe quem foi Fred Perry? Não? Provavelmente deve conhecer a Lacoste, né? Pois bem, já está ótimo de início! A Fred Perry é o 'super-vilão' do 'jacarezinho' da Lacoste, antagonizando no cenário da moda, as duas marcas apostaram em abordagens sutilmente diferentes para atrair seu bem distinto público.
Tanto a Lacoste quanto a Fred Perry tiveram seu início nos campos de Tênis, e ambos de seus criadores foram tenistas campeões e muito famosos (Jean René Lacoste e Frederick John Perry respectivamente), jogando com sua influência e vontade de inovação, para criar um design confortável e competitivo para suas camisas polo, tão difundidas entre tenistas, golfistas, trabalhadores e até mesmo tipos de sub-cultura como skinhead, mod, northern soul e rockabilly. Mas não viemos falar apenas da cultura, e muito menos da Lacoste, mas da própria Fred Perry, que há muito, caso vocês sigam a Retro for Men no Facebook, já está entre uma das minhas marcas e inspirações favoritas para mostrar para vocês.
A marca sempre foi reconhecida principalmente por ser adotada por skinheads e mods ao redor do mundo (skinheads de verdade, não esses neonazistas), mas não pense que isso é exclusividade dos carecas, não, não, meu caro, muitos executivos de alta classe optam pelo corte e nome da marca, que sim, tem roupas lindas, seja para provocar o mais rico burguês, ao mais pobre operário. Então, não tenha medo de ser confundido como skinhead.
O forte de suas roupas é de conferir um visual clássico, limpo, confortável, arejado e ao mesmo tempo alinhado, seja para as suas partidas de Tênis ou para uma saideira com os amigos. É comum da marca também apostar no visual moderno sessentista e jovem, se afastando um pouco daquela típica seriedade das camisas Polo Ralph Lauren.
A marca possui roupas masculinas e femininas, bolsas, suéteres, calçados, acessórios e jaquetas, mas, infelizmente atualmente há apenas uma loja no Brasil, localizada em São Paulo, no Shopping Cidade Jardim, onde os preços, convenhamos... Não são nada acessíveis. Mas como na internet somos livres, nada melhor do que apreciar a roupa de alguns sortudos, não?


Vestidos, saias e bolsas fazem parte do vestuário feminino.

A própria Amy Winehouse tem uma coleção de seu nome na Fred Perry.

Além da camisa polo tradicional, há suéteres e pesados casacos.

Camisas estampadas e sapatos de couro também.

Para quem se interessou e quiser conhecer mais a coleção 2014:

http://www.fredperry.com/
http://instagram.com/fredperry_1952

Fred Perry Brasil:
Shopping Cidade Jardim - Av. Magalhães de Castro, 12.000, Vila Olímpia, São Paulo - SP
Tel. 0/xx/11 3198-9351

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Revolução do Couro

Seja você um motoqueiro, inconsequente, rebelde, ou o cara mais normal e calmo do mundo, qualquer homem possui seus dias de rebeldia, não são hormônios femininos e ciclos menstruais que nos farão diferente das mulheres. Temos nossos dias também. O couro não se importa, não liga, se você souber respeitá-lo. Não adianta usar uma jaqueta de couro em um calor infernal, não adianta você usá-la de chinelo, não dá. É militar, há uma ordem a se seguir, há um respeito e postura a passar. As reinvenções da jaqueta de couro pouco nos importam nesse momento, pois antes de tudo, devemos conhecer - e muito bem - a história de um dos materiais que revolucionaram a indústria da moda, o cinema e mudou a visão do homem moderno.
As primeiras jaquetas de couro vem de muito tempo antes dos Greasers ou dos Punks. James Dean? 'pffff' James Dean nem tinha nascido ainda na época em que as primeiras começaram a ser produzidas. Não existiam motoqueiros, o 'rebelde' não era visto como símbolo de liberdade. Acreditem se quiser, mas as primeiras jaquetas de couro foram feitas por sua resistência nas lavouras e para a resistência ao frio por pilotos de guerra. Só algum tempo depois que surge - na mente do brilhante Irving Schott - a ideia de se aproveitar do crescente aumento da produção de motos para oferecer um produto resistente à quedas e ao vento, que não dificultasse a locomoção de seu usuário e tivesse muito estilo.



As primeiras jaquetas 'Perfecto' de couro surgem da aliança entra o zíper e o marcante corte transversal, este último era essencial para bloquear o vento e evitar que a jaqueta embolasse quando a pessoa sentasse. Usar o cabelo bagunçado também era opcional, hahaha. A vaidade do homem passou a ser mais aceita e mais natural - apesar que este fenômeno, não ocorra necessariamente, apenas com a jaqueta de couro - playboy ou operário, quem é que não queria uma jaqueta dessas?
Os maiores ícones do cinema e da música, como James Dean, Marlon Brando, Bruce Springsteen, todos vestiram alguma versão da jaqueta de couro do Schott. Ter a etiqueta 'Perfecto' não era símbolo de status, mas de respeito, ninguém dispensa um material de primeira-mão e qualidade única. No início, a jaqueta era feita com couro de cavalo e vendida a preço de banana: US$ 5,50. O que facilitou ainda mais o acesso a peça.


Com a explosão do couro, passou-se a ver as 'Perfecto' nos parques, no trabalho, na rua, no cinema, na escola, onde quer que fosse, sempre teria alguém orgulhoso por sua aquisição, quem é que não enlouquecer as garotas como o Brando? As escolas americanas inclusive, chegaram a proibir o uso da jaqueta por seus alunos, por considerar uma forma de 'facilitar a adesão a gangues e incentivar a rebeldia e violência'. Os garotos nunca tinham atraído tantas garotas antes, foi um sucesso.

Comemorando os centenário da Schott NYC, que deixamos os nossos parabéns pela contribuição na indústria da moda.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Retro for Men entrevista: Eric Elias Guimarães

Para você que mora em uma cidade tão cosmopolita quanto São Paulo, sabe que é normal se deparar com os mais diversos tipos de cultura e estética, afinal, em uma cidade tão grande e agitada, é impossível não identificar em cada pessoa o seu estilo ou gostos. Por mais que a correria seja grande, pelo menos para mim, que costumo reparar bastante no que a pessoa diz a respeito de si mesma por suas vestimentas, é muito difícil encontrar uma pessoa que realmente saiba o que está fazendo, que possui conhecimento sobre o que veste e respire um estilo que há muito não vemos caminhado por essas ruas movimentadas. Por isso fomos atrás do caro senhor Eric Elias Guimarães, que atualmente reside em Belo Horizonte e possui uma gama impressionante de conhecimento sobre o nosso passado, conheça um pouco mais sobre este jovem moço, que há muito interessa-se, pesquisa e introduz ao seu cotidiano o que desde pequeno, sempre adorou.
1. Como você começou a se interessar pelo estilo, e quando passou a aderi-lo? 

Difícil dizer, desde que me conheço por gente aprecio outros tempos, objetos antigos e velhas histórias sempre fizeram parte de meu cotidiano, me lembro de, ainda bem criança, pedir aos meus pais um fraque, uma cartola e uma bengala. Sempre tive um guarda roupa clássico mais neutro com toques vintage, mas a partir da minha entrada na faculdade de direito, passei gradualmente a usar terno, gravata, nessa época agreguei o chapéu ao uso diário em detrimento ao uso esporádico de outrora, hoje uma grande parte do meu guarda roupa remete ao período da grande depressão ao anos pós segunda guerra. Também mantenho peças de eras anteriores embora não as tenha agregado ao cotidiano.                




2. Como qualquer homem de classe, você preza por bons cortes e postura. Há alguma "inspiração" que você opte por seguir ao longo do seu dia?

Bem, no dia a dia eu opto buscar inspiração no cotidiano dos anos 1930 a 1950.
3. Imagino que há muitas histórias inusitadas para contar, como qualquer pessoa que adere ao estilo retrô, há algo de inusitado que você gostaria de compartilhar que já ocorreu por conta do seu estilo?

Bem dentre muitos causos, de ser parado na rua ou fotografado, sozinho ou com a Gabi, há um em especial, um dia eu e a Gabi estavamos saindo do hall de entrada de uma galeria, quando nos deparamos com um bêbado, que ao nos ver tomou um susto, sacudiu a cabeça e exclamou assustado: 'Nossa voltei a 1960!'         

4. Se você pudesse ser um colecionador de carros, qual carro você escolheria para passear com o seu amor?

Bem é muito difícil escolher assim, gosto de vários modelos dos anos de ouro da Chevrolet, mas para um passeio romântico eu usaria um original Chevrolet Fleetmaster 1948 conversivel bordô.   



5. Há algum filme importante para ti no que diz respeito ao seu estilo?

Necessariamente não, mas a era dourada de holywood me inspirou muito.  

6. Agora uma pergunta mais polêmica... O "homem" moderno é muitas vezes considerado sinônimo de promiscuidade e ignorância. Para ti, o que é a essência do verdadeiro homem, que nos separa em garotos inconsequentes e homens decentes?

Penso que o 'homem moderno' é fruto da deturpação das relações humanas, infelizmente é um conceito machista que se esatabeleceu desde a ascenção do cristianismo em detrimento da sociedade pagã, onde o homem heterossexual é o centro do universo, e deve se multiplicar. Ocorre que em pleno século XXI, embora revestida por um fino verniz, a sociedade ainda endossa essa postura hedonista e opressora. Entendo que a postura do homem desta era deve ser aberta, sabendo lidar com as diferenças sem preconceitos, conviver com as pessoas sabendo que cada um é dotado e um leque de sentimentos, crenças e opiniões que devem ser respeitadas, ciente que esta em uma sociedade livre cuja liberdade não pode cercear a de outrem. Tambem não se pode ignorar que deve ser responsável pelos seus atos, e arcar com seu onus, ser bom, não bonzinho e ser fiel a seus princípios. Não uso a palavra 'decencia' pois ela deriva da imagem hipócrita estereotipada dos tempos aonde se defendia a 'moral e bons costumes'. Muitas vezes na história os 'indecentes' é que deram o exemplo de como realmente devemos ser.  



Como puderam ver, é um rapaz muito interessante e muito inteligente, mais uma vez agradecemos ao Eric pela entrevista, foi uma honra, e esperamos recebê-lo muitas vezes ainda na Retro for Men! 
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